Vovó Zita
                 
                Todos  temiam a vovó, diziam que era brava,
                  mas  seus olhos azuis me diziam o contrário,
                  seu  sorriso tranquilo  muita calma inspirava,
                  embora  tivesse um rosto sério e autoritário.
                Lembro-me  de seus longos cabelos brancos
                  sendo  penteados e enrolados em um coque,
                  caso  alguém ameaçasse dar-me uns trancos
                  ela  sorria, sábia, com seu jeito belle époque.
                Sua  diversão era passar os dias costurando
                  roupas  e agasalhos para os pobres da cidade,
                  com  sua generosidade ela foi pavimentando
                  seu  florido caminho para a espiritualidade.
                Hoje  rezo para ela como se fosse uma santa,
                  pedindo  proteção para meus entes queridos,
                  sua  alma pura, certamente, a Deus encanta
                  e  sua prece deve curar os enfermos e feridos.
                 
                Lupércio Mundim
                  Goiânia  – 09/10/2013 – 21:00 hs.